terça-feira, setembro 30, 2008

Dia 11 – Rui faz 30 anos em New York City | Downtown, Chinatown, Little Italy & Midtown

Se fazer 30 anos é especial, não menos é faze-los na Big Apple. Tal como a Tanya, o Rui também comemorou os 30 em New York.

Como o dia era de festa, decidimos que iríamos fazer o percurso pedonal da Brooklyn Bridge. E, assim sendo, os planos para esse dia desenrolaram-se na Downtown de Manhattan.

Um dos programas do City Pass era fazer a viagem à Estátua da Liberdade e a Ellis Island. Lá fomos nós. Optámos por não sair na ilha da Estátua da Liberdade porque, desde o 11 de Setembro, o acesso à parte superior da estátua está fechado (apenas abre 1 dia por ano) e as filas para entrar de novo no ferry eram enormes. Foi em Ellis Island que passamos a manhã. Ellis Island foi a mais importante estação de chegada de imigrantes aos Estados Unidos onde, entre 1892 e 1954, cerca de 12 milhões de imigrantes foram inspeccionados.













De regresso a NY, não conseguimos deixar de visitar o antigo local onde estavam as torres gémeas. É impossível não sentir a tristeza que invade o local e a Mafas nem sequer conseguiu entrar no visitor center.



De seguida, fomos até ao Financial District a Wall Street. A Mafas queria ir à bolsa de NY mas a densa barreira policial que circunda o local impede o acesso a pessoas não autorizadas (mesmo que façam anos!).

Apesar de ser o Rui que fazia anos, a Mafas é que teve direito a concretizar todos os caprichos e lá fomos nós fazer mais uns quantos quarteirões para ver a instalação do Wall Street Bull.





Seguimos para a Brooklyn Bridge. Foi um passeio fantástico pela vista e pelas as pessoas com quem nos cruzamos – uns quantos turistas e outros tantos locals que fazem diariamente este percurso entre o local onde vivem e trabalham.





De regresso, atravessámos Chinatown e ficamos por Little Italy onde jantamos com os nossos amigos. Escolhemos a melhor pizzaria dos USA – a Lombardi´s – descoberta pela Tanya e pela mãe. As pizzas eram maravilhosas mas nada se comparou à companhia! O Rui até teve direito a um queque-de-anos oferecido pela Tanya e pelo Mário.







Passeata em Chinatown e Little Italy e, de regresso a casa pelo Holland Tunnel, fizemos um desvio até ao centro de NY, a Times Square. Por muitas vezes que se passe por ali, ficamos sempre espantados com os neons e com a quantidade de pessoas que por ali andam.









Achávamos nós que o dia estava a acabar, quando a Tanya nos quis levar ao primeiro local onde ela tinha visto pela 1ª vez a skyline de NY – Hoboken. Depois de procuráramos o spot ideal, só podíamos agradecer a Tanya pelo sítio fantástico onde ela nos tinha levado.



Parabéns Rui!

MC+ RP

domingo, setembro 28, 2008

Dia 11 – New York City | Harlem, Morningside Heights, Upper West Side & Midtown

Fomos de comboio até NYC (como iríamos nos dias seguintes). E uma das melhores opções deste dia, foi de seguida apanharmos o metro até 125th St no Harlem porque a partir deste ponto foi sempre a andar…Apesar do Rui achar que era na boa, eu confesso que quando saímos do metro, o estigma Harlem, fez-me duvidar se tínhamos feito bem vir tanto para Norte (de acordo com alguns guias da cidade, devíamos ter saído umas paragens antes). Ao fim de 2 minutos de caminhar pelas ruas, senti-me idiota por ter receado estar numa área onde a única diferença entre nós e as velhinhas, rapazes, crianças que por ali andavam era mesmo a cor da pele.

Começamos pelo Marcus Garvey Park em direcção ao Shabazz Market (a Mafas abdica das lojas para ver os mercados e o Rui agradece!). Como ainda era cedo, o mercado estava com pouco movimento. A maioria das bancas vendia roupa muçulmana e bijutaria com cores de África. De seguida fomos até à Malcom Shabazz Mosque mas não conseguimos entrar porque estava em obras. Esta mesquita é um dos lugares mais simbólicos do Harlem porque era onde Malcom X pregava.



Atravessámos o Morningside Park e chegámos a um das zonas mais caras de NY. Não deixamos de achar curioso a fronteira que este parque representava entre dois lugares com reputações tão diferentes. Do parque fomos até à Columbia University – um pólo universitário impressionante, onde num dos seus imponentes edifícios vimos a maior cúpula dos USA. Depois de mais uma sessão fotográfica aos esquilos em Riverside Park (os estrangas em NY são os que têm uma mochila nas costas, um guia mão e tiram fotos aos esquilos) fomos ver a Riverside Church, financiada por Rockefeller Jr., onde está o maior carrilhão do mundo dedicado à sua mãe. De seguida fomos visitar a Catheral of St. John the Divine, a catedral mais larga do mundo (à qualquer coisa de especial para os americanos em ter o que quer que seja desde que seja a “maior, mais larga, melhor…do mundo”).

Morningside Park - vista sobre Harlem


Columbia University

Riverside Park



Riverside Church

Durante a caminhada até ao American Museum of Natural History vimos dezenas de edifícios, instalações e recantos que nos prenderam a atenção. O cantinho onde viveu o Humphrey Bogart – the Pomander Walk, pela surpresa de encontrar pequenas casas em tijolo e estuque em NY e a Zabar´s – pela quantidade de produtos e dimensão da loja, foram dois deles.




Pomander Walk
Sem dúvida o American Museum of Natural History foi um dos museus que mais nos impressionou. Tirámos montes de fotografias aos dinossauros para o Rui mostrar ao António. E, tal e qual para a maior parte das crianças que estavam no museu, admito que o T-Rex também foi o meu preferido.





Depois do museu, tentamos entrar na NY Historical Society e, estranhamente, não conseguimos entrar. Acho que a regra de “para ser membro e entrar neste espaço tem de doar um obra de arte” era mesmo para ser levada a sério. Broadway abaixo, fizemos uma paragem no Columbus Circle e entramos numa galeria onde, supostamente, o mais importante seriam as lojas de marcas. Mas nós rendemo-nos às duas instalações de Botero.


Atravessámos o Theater District, e viramos na esquina do Carnegie Hall em direcção ao Rockefeller Center. O objectivo era chegar lá antes do lusco fusco. E chegamos a tempo. Por favor, se alguém vos disser que não vale a pena ir ao Empire e ao The Rock numa única visita a NY, experimentem ir durante o dia a um destes locais e ao anoitecer ao outro e digam-nos o que acham…as fotos falam por nós. Este foi um dos momentos mais especiais da nossa visita a NY.

Depois da visita, regressamos à Penn Station completamente de rastos mas maravilhados com a vista do The Rock e com a agitação de Times Square.





MC, RP

sábado, setembro 27, 2008

Dia 10 – New York City | East Village & Lower East Village

Era o primeiro dia que íamos a Manhattan e achámos que nada melhor que chegar de barco. Apanhámos boleia com a Tanya e fomos embarcar a Atlantic Highlands, que fica a caminho de Sandy Hook onde a Tanya trabalha. Foi muito bom! Passamos ao largo de Sandy Hook, Staten Island, a este da Estátua de Liberdade e de Ellis Island e por debaixo das Brooklyn and Manhattan bridges, o que nos proporcionou uma vista de perto das NYC waterfalls (http://nyfalls.com/nycwaterfalls.html).






Desembarcamos no Pier 35 e seguimos directos para um dos locais obrigatórios da cidade: the Empire State Building (http://www.esbnyc.com/index2.cfm). A vista do 102º piso do mais alto arranha-céus de NYC (depois da quedas das torres do WTC) obriga a alguns minutos de silêncio. É impressionante a densidade de arranha-céus, a luz que reflectem, os táxis amarelos, o tamanho ínfimo das centenas de pessoas que circulam a passo acelerado pelas ruas numa manhã de 2ª feira.

Vista para Sul

Vista para Oeste (Hudson River e New Jersey)
Para Norte (Central Park)

Para Este (Brooklyn)

Para baixo

Como compramos o City Pass tivemos direito ao audio tour e ficamos fascinados com as explicações que tivemos acerca da dinâmica da cidade. Algo como: em Chinatown, área na qual o número de indianos tem aumentado significativamente, era à algumas décadas atrás, o local onde se situava a maior comunidade de italianos. Que algumas igrejas passaram a sinagogas, e vice-versa, por causa da rotatividade dos diferentes grupos, religiões, etnias, …que o Harlem, está numa fase de requalificação e, provavelmente, ainda será uma das zonas de luxo da cidade. E foi durante estas explicações, em que interiorizamos que Manhattan é feita por pequenos pedaços de terra e gente de todo o mundo, que nos sentimo de alguma forma “estranhamente em casa”.

A conclusão foi que audio tour valeu mesmo a pena. E ainda tivemos direito a algumas informações à revista cor-de-rosa, como o local onde foi assassinado o John Lennon, quanto custa actualmente o andar onde ele viveu e em que passadeira foi atropelado William Churchill. Subir ao Empire foi inesquecível e o facto de ter caído um relâmpago na torre enquanto lá estávamos também ajudou a tornar esta visita memorável. A vista lá de cima ajudou-nos ainda a definir os planos para a semana que se seguia. Hoje ia-mos para East Village.

Como a caminho do nosso objectivo tudo nos prendia a atenção e desviamos ligeiramente a rota para ir ver o Flatiron Building - conhecido como o edifício triangular. Depois de ficarmos algum tempo a enganar esquilos no Madison Square Park, fomos almoçar em Union Square onde estava uma feira de rua com vegetais e ervas aromáticas produzidos nas redondezas de NYC. Almoçamos no The Whole Food Market e sentimo-nos uns verdadeiros locals.


Flatiron Building




East village não foi a área de NY que mais gostamos mas, como foi o primeiro sitio que visitámos, andávamos a achar tudo fantástico. Principalmente quando vimos a primeira igreja convertida em sinagoga com a chegada dos judeus a esta zona. Na Orchard Street vimos a gravação de um episódio da séria “Sem Rasto” e a Mafas ficou duplamente contente: por ninguém ter morrido “à séria” e porque viu o actor principal! Também gostamos do edifício do New Museum of Contemporary Art e da loja onde existem 28 variedades de arroz e, para podermos tirar umas fotos, a Mafas teve de ir falar com o gerente da loja em indianóinglês mais a ajuda de linguagem gestual. Mas acabou tudo em bem!


Beth Hamedrash Hagodol Synagogue

Filmagem "Sem Rasto"

New Museum of Contemporary Art

De regresso a Sandy Hook, fomos com a Tanya conhecer o laboratório dela e a área envolvente do escritório. Sandy Hook, que até à algumas décadas atrás era uma base militar, e andamos a ver os vestígios desse período. O sítio é fantástico e tem muitas semelhanças com Tróia. E foi impossível não pensar, com saudade…, na altura em nós os 3 éramos uma equipa e fazíamos levantamentos de praia às 06h30m da manhã com um sorriso de lado a lado. De regresso a casa, fomos ver a vista sobre a baía de NY.


MC, RP