sexta-feira, agosto 22, 2008

Dia 5 Key West, FL – Dry Tortuga – Key West, FL



Acordámos antes da 07:00. Este era o único dia em que tínhamos um programa reservado com alguma antecedência. Key west fica no extremo sul da Florida, mas, (e existe sempre um mas) queríamos mais qualquer coisa, algo que à partida marcasse inevitavelmente as férias. Uma rápida pesquisa na Internet e, voilá! Uma ilha a 2:30h de Key West em direcção ao Golfo do México. As Dry Tortuga constituem uma área de reserva do parque nacional e, para os mais interessados existem pelo menos duas companhias a efectuar os trajectos de barco a cerca de 120 dólares por pessoa (um programa de um dia). Levamos o essencial: óculos de mergulho, tubo, barbatanas, toalha de praia, protector solar (devia ter sido mais forte…) e água doce porque o nome “Dry” deve-se à inexistência de água doce na ilha. Durante a viajem vimos dezenas de pequenas ilhas e fomos sempre com atenção para tentarmos ver tubarões, golfinhos ou tartarugas – sendo que acabamos apenas por ver peixes-voadores mas foi o suficiente para ganharmos a viagem.

As ilhas tornam-se especiais pela presença inesperada de um forte militar com uma dimensão colossal perante a pequena extensão de areal que o envolve. O projecto ambicioso e algo megalómano faria parte da defesa americana para o Golfo do México. Acabou por nunca ser utilizado mas a sua presença é marcante e, á boa maneira americana, souberam transforma-lo numa importante atracão turística. A presença de pessoas na ilha é limitada diariamente e quem vai tem que obrigatoriamente regressar ao final do dia, ficando apenas alguns sortudos que consigam autorização para uns dias de campismo selvagem. Antes do tão esperado mergulho optamos por visitar o forte (Fort Jefferson), mas confesso que a ansiedade de entrar dentro de água quase nos levou a ignorar a visita guiada…e, sinceramente, quando o guia começou a dizer mais de 3 humm e hãaam por frase, decidimos que iríamos fazer a nossa própria visita guiada com a ajuda das placas informativas espalhadas pelo forte. E assim foi. Visitamos o forte e ficámos particularmente impressionados com o sistema de recolha das aguas pluviais para armazenamento em de cisternas subterrâneas (simples mas muito eficaz) mas, quando chegamos ao farol, a vista sobre a área envolvente fez-nos precipitar pelas escadas abaixo e tudo o que queríamos era entrar naquele mar azul turquesa. Comemos rapidamente a bordo da embarcação antes que toda a gente regressasse para almoçar e entramos dentro de água…e já não queríamos sair. Água quente e transparente. Muitos peixes de diferentes cores e tamanhos (os maiores chegavam a meter respeito…). Haviam cardumes nos quais era possível nadar sem que o cardume se separasse (mas que experiência!). Barracudas, chocos, corais, peixes papagaio, castanhetas, etc, mais tudo o resto que não sabemos o nome e, quando espreitávamos fora de água tínhamos imensas aves a voar sobre nós. Foi mesmo um momento especial.

Cumprimos o horário do barco mas devemos ter embarcado no último segundo. Custou-nos deixar a ilha onde o tempo realmente parecia ter parado. Mas a viagem de regresso reservava-nos algumas surpresas e vimos tartarugas no regresso a Key West. Aliás, a Mafas até viu tartarugas bebés mas como foi a única, o avistamento de tartarugas bebés neste percurso permanece um mito no qual só ela acredita!

P.S. Já em Key West não deixamos de ir comer um belo hamburger ao Sloppy Joe´s, o bar favorito de Ernest Hemingway!

MC, RP





















quinta-feira, agosto 21, 2008

Dia 4 Dania Beach, FL - Key West, FL

Decidimos que iríamos para as Florida Keys pela estrada que fosse mais junto ao mar. E lá fomos. Problema: sempre que víamos o mar queríamos dar um mergulho. Começamos em North Miami e terminamos em Miami Beach (e só não foram mais mergulhos porque o condutor dessa manhã mostrou-se muito decidido a atingir as keys e ignorava alguns dos pedidos para parar em mais sítios para irmos a banhos!). Os locais por onde andámos era mesmo à filme. Miami não tem que enganar: vejam um episódio do CSI Miami e está tudo lá: as mansões, os carrões, os barcos, os arranha-céus, os edifícios art deco e as meninas e os musculados de patins. A água do mar era azul-turquesa e quente – tipo “banho-maria”. Depois da praia e de um fantástico pic-nic num parque de estacionamento (grandes tugas!) seguimos para as keys.
MC, RP


Muitos afirmam que a estrada que percorre as Keys é uma das mais bonitas do mundo, e olhem que são bem capazes de ter razão. É o tipo de percurso em que temos vontade de parar de 100 em 100 metros para tirar mais umas fotografias. Vale bem a pena perderem um bocadinho e espreitar no Google Earth, se bem que nem o Google nem nós conseguiremos passar a mensagem... é mesmo o tipo de coisa que só fazendo. As Keys são constituídas por cerca de 1700 ilhas (dizem eles porque não conseguimos visitar todas! J) e o percurso atravessa muitas delas o que já se adivinha que entre cada ponte teremos uma praia maravilhosa de água morninha para a banhoca. De Miami a Key West ainda são umas boas 4 horas de carro, e sabendo que parando em todas as praia ainda estaríamos por lá hoje, optámos por duas delas, talvez as mais mediáticas, a Sombrero Beach e a Bahia Honda a que apelidamos por “Quase Paraíso” e “Paraíso”. Escusado será de referir que ambas têm areia branca (com pedaços de corais ao longo do areal), água morninha, palmeiras (com e sem cocos), ninhos de tartaruga, pelicanos fora de água, e dentro de agua, peixes de várias cores e sempre que foi possível, um Rui uma Mafas um Mário e uma Tanya (pelo menos até a pele enrugar a ponto de sermos obrigados a sair). O dia terminou com a chegada ao Days Inn em Key West para um merecido descanso, afinal, amanhã era um grande dia!








terça-feira, agosto 19, 2008

Dia 3 Florence, SC – Savannah,GE - Dania Beach, FL

Com o Super 8 para trás deixamos Florence e rumámos a sul. Para que este não fosse mais um dia só a rolar, optámos por escolher um sítio simpático para almoçar. E que tal uma escapadela a Savannah? Lembrámo-nos do Francisco e da Adelaide que passaram por lá uns tempos e não pouparam elogios à cidade histórica de 1733 (http://www.savannahvisit.com). Como o tempo não era muito, começamos por ir ao visitor center e dai caminhámos pela zona histórica até ao City Market. Foi aqui que almoçamos uma especialidade local - uns fantásticos crab cakes (excepto o Mário que optou por não dar uma hipótese da sua alergia ao marisco) no Belfords (http://www.belfordssavannah.com). Depois para sobremesa fomos a uma loja cheia de rebuçado, chocolates, bombons e afins onde nos deram a experimentar caramel fudge acabadinho de fazer... Uma passeata nas redondezas e seguimos viagem até Dania Beach, já muito perto de Miami onde passamos a noite.

MC, RP





segunda-feira, agosto 18, 2008

Dia 2 Matawan, NJ – Florence, SC

New Jersey, Delaware, Maryland, Washington DC, Virginia, North Carolina, South Carolina, 7 estados em 10 horas de viagem. Este dia foi propositadamente sacrificado para rolar até Florence uma cidade localizada sensivelmente a meio da viagem até Miami. Partimos bem cedo o que até nem foi muito difícil graças aos horários trocados, parámos para almoçar num Kentucky Fried Chicken o qual a experiência nos marcou a ponto de não repetirmos a gracinha. A Tanya e a Mafas conseguiram passar as 10 horas a falar a ponto de umas delas ficar rouca e terminamos o dia em grande num Super 8 num quarto com restos de comida espalhados pelo chão. GOD BLESS AMERICA!
Pontos altos do dia: rever os amigos, longas conversas, a paisagem verde e exuberante.
Pontos baixos: o almoço, o jantar, o quarto, e vendo bem tudo o resto que não falamos acima, muitas horas de carro mas como lá diz o ditado, no pain, no gain!

RP, MC






Dia 1 – Lisboa – Newark - Matawan

TP103 02AUG 11:45 e lá fomos. As semanas que antecederam a partida foram duras e não deixaram grande tempo para preparações. Fomos sem grandes planos, mas com a certeza de dois pares de braços abertos à chegada a Newark. E assim foi, cerca de 6 horas de viagem com direito a 1:30m no cockpit do Airbus 330 da TAP (obrigado Nuno!), que só por coincidência, e que fique claro, correspondeu aos momentos de maior turbulência em toda a viagem. Aterramos eram cerca das 15h locais. Beijos e abraços apertados para afastar as saudades e seguimos para a (fantástica!) casa do Mário e da Tanya. Como a piscina estava fechada, seguimos para dar um mergulho num lago das redondezas. As 18h uma rapariga anunciava que “stand-up and leave the water the beach is now closed” e lá fomos nós para casa. Após a banhoca, fomos fazer planos para o dia seguinte. O Rui aguentou-se mas a Mafas rendeu-se ao jet-leg e adormeceu no sofá. Quando a acordaram os planos estavam delineamos – íamos mesmo para sul. Mesmo. Mais para sul sem sair dos USA era impossível. Destino: Florida. Objectivo: Dry Tortugas.

MC, RP




PS. Desculpem o caos amigos...

USA em 15 dias!



Mas que férias!

Como desconfiava estiveram longe de ser um descanso, e ainda a recuperarmos do jet lag aqui vai um resumo da odisseia épica por terras americanas:

New York, New Jersey, Delaware, Maryland, Washington, Virginia, North Carolina, South Carolina, Georgia, Florida... and back!

Vou arriscar em nomear estas férias como um tributo à mobilidade, senão vejam:

Avião: 10 876 Km;
Automóvel: mais de 5 000 Km;
Comboio: 392 Km;
Metro: 20 Km
Barco: mais de 340Km;
Airboat: 6 Km
Andar: mais de 62 Km (Mafas, dava para ir a Tróia a pé!)
Nadar: 1.5 Km

A totalizar perto de 16700 Km! Que tal? ;)

Como imaginam são muitas as histórias e aventuras para contar que tentaremos colocar aqui no blogue ao longo dos próximos tempos. Vão passando...

Obviamente tudo isto não teria sido possível sem os nossos amigos que mesmo a mais de 5000 Km de distância, estão cá! Obrigado amigos!
http://doistugasnaamerica.blogspot.com/

RP, MC